quarta-feira, 25 de maio de 2016

Dia do Autor Português


Decorreu com entusiasmo,na biblioteca, o Dia do Autor Português. Foi bom ver e ouvir a apresentação dos poemas escolhidos pelos representantes das turmas dos sétimos e oitavos anos. O júri teve missão espinhosa.

Parabéns a todos os participantes!

Pensamento da semana


"O que sabemos é uma gota, o que ignorámos é um oceano."

 Issac Newton (1643 - 1727), físico, cientista inglês.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Parabéns

A Rede de Bibliotecas Escolares apresenta o sítio Web que assinala os seus 20 anos.
Saiba mais sobre o evento que assinala a data e muito do que foi e do que é hoje esta Rede de redes: http://www.rbe20anos.pt/ .

terça-feira, 17 de maio de 2016

Pensamento da semana

"Se o conhecimento pode criar problemas, não será através da ignorância que os resolveremos"

Isaac Asimov (1920 - 1992), escritor americano nascido na Rússia

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Pensamento da semana


"O Homem da 3ª idade acredita em tudo; o da meia idade desconfia de tudo e o novo sabe tudo."

Óscar Wilde (1854 - 1900), escritor irlandês.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Mãe

                                                                                                  

Mãe refugiada no túnel de Ramsgate para escapar aos bombardeamentos alemães durante a 2ª Guerra.(Foto:BBC).


Poema à mãe 

No mais fundo de ti
Eu sei que te traí, mãe.


Tudo porque já não sou
O menino adormecido
No fundo dos teus olhos.



Tudo porque ignoras
Que há leitos onde o frio não se demora
E noites rumorosas de águas matinais.



Por isso, às vezes, as palavras que te digo
São duras, mãe,
E o nosso amor é infeliz.



Tudo porque perdi as rosas brancas
Que apertava junto ao coração
No retrato da moldura.



Se soubesses como ainda amo as rosas,
Talvez não enchesses as horas de pesadelos.



Mas tu esqueceste muita coisa;
Esqueceste que as minhas pernas cresceram,
Que todo o meu corpo cresceu,
E até o meu coração
Ficou enorme, mãe!



Olha - queres ouvir-me? -
Às vezes ainda sou o menino
Que adormeceu nos teus olhos;



Ainda aperto contra o coração
Rosas tão brancas
Como as que tens na moldura;



Ainda oiço a tua voz:
Era uma vez uma princesa
No meio do laranjal...



Mas - tu sabes - a noite é enorme,
E todo o meu corpo cresceu.
Eu saí da moldura,
Dei às aves os meus olhos a beber.



Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo as rosas.



Boa noite. Eu vou com as aves.
Eugénio de Andrade, in "Os Amantes Sem Dinheiro"