Não hei-de morrer sem saber
Não hei-de morrer
sem saber
Qual a cor da
liberdade.
Eu não posso senão
ser
desta terra em que
nasci.
Embora ao mundo
pertença
e sempre a verdade
vença,
qual será ser livre
aqui,
não hei-de morrer
sem saber.
Trocaram tudo em
maldade,
é quase um crime
viver.
Mas embora escondam
tudo
e me queiram cego e
mudo
não hei-de morrer
sem saber
qual a cor da
liberdade.
Jorge de Sena,in Fidelidade (1958)
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